Querido Ogro,
Descobri seu blog por acaso mas achei interessantíssimo, especialmente a forma como vc trata os assuntos e os bons conselhos que dá as pessoas. Você tem alguma formação em saúde mental? Psicologia ou algo assim? Parece ter.. bom, eu tenho (ou quase).
Curso o sexto período de psicologia, mas antes de aprofundar nisso preciso revelar uma informação crucial e que fará toda a diferença no meu relato: eu sou paciente psiquiátrica. Meu diagnóstico ainda não está fechado, até porque devo possuir algumas comorbidades, mas ao que tudo indica sofro de Transtorno de Personalidade Borderline. E desde a adolescência visito psicólogos e psiquiatras e nenhum deles conseguiu resolver muita coisa, até que eu mesma decidi me ajudar e cursar psicologia... e tem funcionado até certo ponto. Aprendi a conviver e a neutralizar certas características da minha patologia e ter uma vida um pouco melhor (eu costumava praticar auto-mutilações, por exemplo. Fazia cortes por todo o corpo quando estava em crise, tenho muitas cicatrizes, hoje já tenho auto-controle suficiente pra não fazer isso).
Pois muito bem: esse semestre comecei a fazer estágio específico em psicopatologia no ambulatório de um centro psiquiátrico aqui e adorei. Acho que não existe nada na minha vida que eu goste tanto de fazer quanto ir pra lá. Meu estágio consiste em ser auxiliar da psicóloga de um grupo de terapia coletiva. E aí é que as coisas começaram a ficar confusas. Pois eu sei qual é meu papel lá, meu papel lá é o de terapeuta.... mas quase sempre acabo me colocando no papel de paciente sem querer. É bom estar num lugar onde todos entendem você, sabem pelo que você passa, sabem como é ficar dopado de remédios, sabem dos preconceitos e não tão nem aí se você é um pouco estranho ou age de forma diferente do convencional, afinal, todos lá são meio assim mesmo. E todos se sentem muito felizes em conversar com você, possivelmente porque quase todo paciente psiquiátrico é extremamente carente. Ainda mais os do meu grupo que são, em sua maioria, esquizofrênicos hebefrênicos e paranoides.
Mas então surgiram muitas dúvidas na minha cabeça, dentre elas foi: devo ou não contar pra minha supervisora de estágio e para os meus pacientes que eu também sou portadora de transtorno mental? Será que isso geraria mais empatia da parte deles comigo por nos tornarmos mais "iguais" ainda e facilitaria o processo terapêutico? Ou será que causaria insegurança?
Uma amiga psicóloga me aconselhou a não falar nada, e assim o fiz. Até 15 dias atrás quando entrei em crise (eu havia parado meu tratamento há quase um ano, sem remédios, sem terapia e com uma vida muito corrida, problemas familiares e stress... tinha que dar nisso, né?). Voltei então a me tratar com um psiquiatra e ele me passou três remédios fortes de uma só fez. Isso me deixou extremamente dopada. Me disseram que demora mesmo algumas semanas até ajustar a dosagem certa e o organismo se adaptar, mas desde então ando com um aspecto tão diferente que todos notaram. Meus colegas de classe e até professores.
Tirei uma licença médica por causa disso, mas continuei indo ao meu estágio no centro psiquiátrico, pois como disse, é a coisa que mais gosto de fazer na vida. Chegando lá, uma das minhas pacientes hebefrenicas mais "ruimzinhas", me percebeu, olhou e perguntou o que eu tinha, se eu estava com sono. Eu respondi que não, que era por causa dos remédios que eu estava tomando, no que ela imediatamente retrucou "Ahh, eu sei como é" (por isso amo aquele lugar, ninguém te julga, todos te entendem, eu me sinto acolhida e entre iguais).
Agora vou dar uma retrocedida rapidamente para mencionar que eu tenho um namorado e estamos juntos há muitos anos e eu não tenho dúvida de que amo ele e é com ele que quero me casar e ter minha vida. Mas ele não é muito compreensivo com transtornos mentais, pra ele tudo é "frescura", embora nesses últimos tempos ele tenha se mostrado mais companheiro.
Agora voltando ao centro psiquiátrico... No meu primeiro dia lá eu conheci um paciente e tão longo bati os olhos nele (que por sinal é muito bonito) senti algo muito estranho. Senti que estava de alguma forma ligada a aquela pessoa.
Fui criada dentro da doutrina espírita, embora hoje eu seja agnóstica, mas certamente o espiritismo diria que eu já provavelmente devo ter conhecido ele em outra vida.
A química e tensão sexual que senti também me apavoraram, tanto que eu até evitava falar muito com ele. E eu acho que ele sentiu a mesma coisa ou talvez ele só tenha refletido a minha energia, pacientes psiquiátricos são ótimos com empatia... ou talvez tenha sido o contrário, eu refleti a dele, afinal eu também sou paciente psiquiátrica, embora ali meu papel seja outro. Mas desde esse primeiro dia, ele me trata diferente das outras estagiárias. Ele passa boa parte da sessão olhando fixamente pra mim, com aqueles olhos azuis. Ele fala mais comigo que com as outras estagiárias e sempre tenta puxar assunto comigo, embora eu ache que ele não saiba muito bem como. Afinal, acredito que apesar dele ter seus 38 anos (eu tenho 26, a propósito), eu diria que ele tem a cognição de um garoto adolescente... e mesmo fisicamente ele aparenta ter ainda uns 20 e poucos. Ah, ele também decorou meu nome em 2 segundos, no primeiro dia, das outras até hoje ele esquece as vezes, o meu jamais.
A questão é que eu nunca senti isso com ninguém na vida, de bater os olhos na pessoa e sentir uma conexão quase mística. Eu nem acreditava que isso era possível. As vezes penso que realmente nossos destinos estão cruzados de alguma forma... ou talvez seja só meu cérebro doente saindo da realidade e fantasiando, quem sabe. O Marcos também nunca contou pra ninguém seu diagnóstico. Outra estagiária chegou a perguntar diretamente ''Você é esquizofrênico?" e ele disse que não, que ele tinha era problema auditivo e ouvia vozes (haha?), a estagiária achou que talvez fosse um mecanismo de negação dele (hoje eu sei que era só vergonha mesmo. esquizofrênicos têm muita vergonha de admitir o que são por conta do preconceito e do estigma que a sociedade lhes impõe).
Bom, há duas semanas eu até sonhei com ele (e pior que eu nem havia pensado muito nele naquela semana), no sonho eu o ajudava em alguma coisa que já não recordo. Então decidi vencer meu medo de me aproximar dele e falar com ele. E na sessão de terapia de ontem (a mesma que eu estava dopada dos remédios) sentei do lado dele e puxei conversa. Falei que eu estava em tratamento também e meio grogue dos remédios. Falei o nome do meu psiquiatra e ele disse que até conhecia. Perguntei se ele sabia o diagnóstico dele, ele disse que não, e novamente insistiu no tal "problema auditivo", então comecei a perguntar dos sintomas, ele disse que falava sozinho, eu disse que eu também falo, que todos falam sozinhos às vezes. Ele falou então das vozes que ele ouve e que mesmo com os remédios ele ainda as ouve. Eu perguntei se ele conversava com elas e ele num sorriso meio constrangido afirmou que sim. Nós rimos e mudamos de assunto, estava tendo uma festinha nesse dia, no lugar da terapia propriamente dita e ele começou a me dar dicas do que comer e beber quando se está dopado de remédios. No final, eu estava meio tonta por causa da minha medicação, e minha carona ainda ia demorar pra chegar, eu então pedi que ele ficasse me fazendo companhia, pra eu não ficar esperando sozinha e talvez passar mal, ele concordou. Outra paciente se juntou a nós, uma que tem síndrome do pânico, e ficamos conversando. Até que em dado momento, completamente do nada ele parou, virou pra mim e disse com o mesmo sorriso constrangido (que eu achei tão fofinho) "É, eu sou esquizofrênico mesmo..", eu só ri e disse "É, eu sei!". Do ponto de vista terapêutico esse acontecimento foi algo incrível. Ele nunca tinha se sentido à vontade pra falar isso pra nenhuma outra estagiária ou psicologa, mas se sentiu a vontade e confiante de falar pra mim. E eu acho que talvez tenha sido pelo fato de eu ter compartilhado também com ele a minha fragilidade, a minha doença, tudo que me disseram pra NÃO fazer... mas que deu certo.
Depois disso, demos carona pra ele pra casa, e ele não parou de falar o caminho inteiro, fazendo mil perguntas (faz parte da patologia dele), no final eu perguntei de qual das estagiárias ele gostava mais e ele disse, sem demora, que era de mim e completou "por causa do teu cabelo", deu 2 tapinhas na minha cabeça e saiu do carro sem maiores explicações. E eu estou até agora tentando entender o que ele quis dizer com o meu cabelo, já que meu cabelo é normal como das outras estagiárias.
Enfim, contei essa história à uma amiga e ela disse uma frase muito engraçada, que "eu estava afim de um maluco". Eu ri e neguei na hora, mas depois pensando bem, eu acho que realmente estou afim dele. O que é inconcebível de todas as formas possíveis. Primeiro porque é inteiramente anti-ético, segundo que eu sou muito perfeccionista, gosto de tudo direitinho, tenho o namorado perfeito, vou ter a casa perfeita, a família perfeita. O que eu poderia ter com ele? Nada!
Ele não trabalha, ainda nem conseguiu o auxilio do INSS dele e acho que ele tem bem pouca maturidade cognitiva e emocional. Mas quando estou com ele, tem essa coisa de puro ID (principio do prazer da teoria psicanalítica) mesmo, há uma tensão sexual muito grande, uma química, uma coisa inexplicável e eu me sinto extremamente idiota por sentir isso. Ao mesmo tempo eu acho que se, algum dia, ele conseguir namorar e casar (o que é dificil na condição dele), seria muito bom pra ele que fosse com alguém que entende o problema dele, que saiba contornar as crises, uma... psicóloga.
Se eu realmente fosse terapeuta dele e ele meu paciente, o mais ético a se fazer seria encaminhá-lo a outro profissional... masssss, eu sou só estagiária. Mas ainda assim, é inapropriado. Especialmente porque nem cogito a possibilidade de terminar meu namoro perfeito (aliás, vale ressaltar que meu namorado foi o primeiro e único homem da minha vida até hoje, se é que me entende) pra ficar com alguém que não tem nada a me oferecer. E ainda por cima é meio "abestalhado", eu sempre me senti atraída por caras poderosos e inteligentes... eu não consigo entender o que há entre mim e esse cara.
Todavia, eu gosto dele e queria ser pelo menos AMIGA dele.
Pacientes esquizofrênicos costumam ser desconfiados e ter poucos amigos ou nenhum. E ele não faz nada em casa, só toma remédio e vai toda semana pra essa terapia em grupo há oito anos. Eu acho que eu posso, como amiga, tentar dar mais empoderamento a ele, melhorar o prognóstico dele, chamá-lo pra um passeio e com meus conhecimentos acadêmicos tentar ajudá-lo de alguma forma. Porque sei que existem esquizofrênicos que trabalham e conseguem ter uma vida produtiva e útil a sociedade, sei também que só o fato de se ter um amigo de verdade, em quem você confie, já ajuda muito.. Eu mesma sinto falta de ter amigos assim, se não, não estaria escrevendo pra você, querido Ogro.
O maior exemplo foi esse, de em uma manhã de conversa eu ter feito progressos terapêuticos com ele que ninguém fez em anos. Mas eu me sinto insegura se devo realmente fazer isso, se devo e posso ser amiga dele, se isso não vai "pirar" a cabeça dele e ele achar que somos algo mais e prejudicá-lo. Outra coisa que me perturba nesse meu estágio é também qual meu papel, afinal? Sou terapeuta? Sou paciente? O que eu sou?
Me diga, querido Ogro, o que eu devo fazer??
Minha cara insanamente normal,
Não tenho nenhuma formação específica, não. Sou jornalista e sempre ouvi as pessoas e sempre tentei montar os quebra-cabeças que são os problemas humanos. Eu tento... e tento, assim, consertar um pouco os meus também. E são muitos, acredite. Atualmente estou mais quebrado do que consertado, mas enfim...
Pelo que me falou, conhece razoavelmente seu problema, até por estudar toda a ciência e saber identificar as razões e emoções que a cercam. Isso de se automutilar muita gente acaba fazendo como uma forma de exteriorizar o que sente, é um masoquismo temporal. Minha sobrinha passou por isso uma época, tenho conversado veladamente com uma menina aqui que também faz o mesmo (no caso dela, ela foi abusada pelo tio na adolescência). Mas que bom que conseguiu controlar esses excessos...
O que vejo é: você projetou coisas demais nessa pessoa por ter tido uma atração física. O tesão, quando bate, confunde todas as nossas sinapses. Só que você acabou transformando isso logo em uma questão astral, uma coisa de outra vida... Entendo perfeitamente quando fala sobre o fato dele ter se assumido pra você, contando o problema dele. Eu me sinto assim aqui, quando as meninas chegam me contando sobre os abusos sofridos, coisas que nunca contaram pra ninguém e, por algum motivo, quiseram contar só pra mim. Isso mexe com nossa cabeça, essa importância que nos dão.. e é um peso perigoso às vezes.
No seu caso, o processo de transferência foi ao contrário. Geralmente é de paciente pra médico, mas você inverteu, pois se sentia médica dele e acabou se envolvendo além do esperado. Tanto é que se colocou como sendo a “esposa ideal” caso ele venha a se casar, pois você o entenderia e saberia como lidar com o problema dele. E tudo isso por que? Porque ele a fez se sentir única no mundo. Você realmente acredita que seja tudo para ele por conta da confiança que ele teve em você de forma tão fácil e natural, não é? É uma sensação mágica, um poder incrível se sentir assim por alguém. É como se você realmente fosse visto e nitidamente visse alguém.
Mas é aí que a mente nos trai.
Porque é aquela porra de comportamento espelho... Encontramos, no outro, coisas que fazemos e sentimos e, assim, cria-se uma similaridade, uma projeção mútua. E deixamos passar coisas pequenas que acontecem em volta mas que são essenciais para a compreensão do que está nos acometendo no momento. Isso porque estamos falando do tesão que sente, hein? Não estou falando de casos onde você se envolve profundamente com alguém e depois, do nada, se vê sem aquele chão que tanto demorou para pisar. Aí seria ainda mais complicado...
Por exemplo: me disse que só teve seu namorado de homem... e tem 26 anos. Porra, deve ter um tesão do caralho e só a lembrança sexual do seu namorado não está sendo suficiente. Aí qualquer mané de olhos azuis que surgir fará você tremer as pernas e a buceta. Aí você fica toda apaixonada, toda confusa e se masturbando antes de dormir, pensando nele. Até aí é normal e toda mulher, casada ou não, passa por isso. Mas precisa se situar...
Se quiser realmente ajudá-lo, saia dessa posição da vida dele. Pois poderá regredi-lo mais do que o normal em qualquer relação. Até pode ser amiga dele, mas terá de deixar muito claro isso pra você: nada pode acontecer entre os dois.
Ainda está se achando demais pra ele, que você vai conseguir fazer o que nenhum médico fez em oito anos. E até pode mesmo, mas espere e dê um tempo para tudo se encaixar melhor. Como futura profissional, sabe o quanto algumas intervenções podem ser ótimas e outras um completo desastre.
Você é a quebrada tentando consertar os cacos dos outros... e eu entendo perfeitamente isso. Só que está indo pelo lado errado. Vá pelo carinho, vá em busca da compreensão e da gratidão alheia. Deixe o tesão de lado, se for o caso saia com outro homem só pra te aquietar um pouco esse fogo.
Queira apenas a gratidão por ter ajudado alguém que você sabe que pode ajudar, que você sabe que não vai julgar nem apontar dedos, que você vai entender a dor e, assim, levar um pouco de acolhimento. É o que eu faço aqui... é o que você veio buscar... é o que todos nós buscamos: nos perpetuar na vida de alguém de alguma forma.
Se perpetue sendo a mão, o ombro, a luz da sanidade e a sombra do conforto.
Não se permita viver uma história que não poderá, de fato, vivê-la.
Os ferimentos serão maiores do que você pode imaginar...
Não vai querer viver sabendo que destruiu alguém.
7 comentários:
Meu deus, quanta complicação, sei muito pouco sobre ética profissional na área psicológica mas se não me engano seria anti-ético uma paciente tratar outros pacientes, acredito que uma intervenção na vida desse rapaz pode prejudicá-lo de maneira irreparável já que ambos têm problemas, ele sendo esquizofrênico fora todos os preconceitos e estigmas ainda tem uma difculdade enorme em se situar na realidade e quando está bem, encontrar uma estagiária que precisa de ajuda tanto quanto ele pode ser mais traumatizante ainda, seu papel é o de aprender a ser profissional, profissionais não se envolvem com pacientes, se no estágio pensa sou só uma estagiária vai aprender o que pra agregar como profissional? Se você quer ser atuante na profissão que tanto adora comece desde já a se situar e saber o seu lugar, seus pacientes não são seus amigos, ajude-os de verdade, sendo ética, envolvê-lo numa amizade por sentir uma atração de outra vida ou seja o que for só irá prejudicar a ambos!
Todos nós precisamos parar um tempo na vida e nos situarmos de acordo com o que precisamos fazer. Nos darmos o nosso próprio chacoalhão. Situações que envolvem tesão tendem sempre a ficar confusas. Atração física é algo muito difícil de ser controlado.
Cuidado pra não se prejudicar ( não é só ele que pode se prejudicar nessa história).
É como disse o Felipe. Às vezes, pra ajudar é preciso até se distanciar de certa forma. Manter uma distância sentimental segura senão seus sentimentos se misturarão com os dele e aí vai ser uma confusão só.
Sensatez deve ser buscada nesse caso.
Um beijo e boa sorte. Parabéns, Felipe. Por continuar aqui.
Acho que voce faz bem a esse rapaz, e que o seu interesse por ele, esse apêgo é muito comum quando sabemos que esse outro alguem se sente bem e nossa companhia, o que facilita tabem o engano, pensar que nos sentimos atraidos quando na verdade nos sentimos bem juntos a essas pessoas. Penso que se voce souber lidar com isso estará fazendo bem aos 2, voce como profissional e ele como paciente. Misturar isso com amizade ou algo mais profundo pode fazer muito mal ao rapaz, sendo que vc deixa bem claro que ama o seu namorado. Nada fácil seu caminho onde as coisas ja estao acontecendo, iniciando talvez de uma forma incorreta, mas nunca tarde pra se corrigir. boa sorte!
o amor cura ! pode ter certeza.
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To your success James
Em primeiro lugar ela se rotula enquanto "paciente psiquiátrica".
Sou psicóloga, e o discurso comum de se ouvir na graduação é que as pessoas procuram a Psicologia para "se curar, se entender". Não, você não vai se curar. Não você não vai se entender.
Parou o seu tratamento por que?
Enquanto estudante de Psicologia, do terceiro ano já, deveria saber a importância do tratamento contínuo.
Assim como deveria ter pleno conhecimento de ética. É estagiária, mas deve ter a ética como um profissional com licença para exercer a profissão.
A sua supervisora em campo não discute com você sobre isso?
A sua supervisora ou supervisor na faculdade não fala sobre?
Você se apaixonou e isso é inevitável.
Mas por que rebaixá-lo tanto? Porque rotular tanto o cara? Não deveria utilizar de rótulos também.
Há os que gostam de serem chamados de depressivos, bipolares, esquizofrênicos. E há os que não gostam.
Enquanto estudante de psicologia você deveria não rotular as pessoas, principalmente os pacientes.
Sinceramente, você precisa continuar o seu tratamento, fazer psicoterapia, porque você mostra que está mais ao lado de paciente.
E não há nada de errado nisso.
Todos temos problemas, frustrações.
Mas enquanto profissionais da Psicologia não podemos nos descuidar nunca, para não cair nisso, em se identificar tanto com o lado do paciente.
Empatia, congruência e aceitação são diferentes de identificação com o paciente.
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